Morfina
Para que lado roda o planeta?
Em que meridianos tropeçam os meus passos?
Perguntas retóricas
Meras trivialidades.
Reveste-me uma certeza incontornável
Carrego múltiplas inseguranças.
Deteriora-se em sucessivas golfadas
Erode-se a minha pálida vontade de moldar o mundo.
Depois vou para a rua
E dobro a esquina.
Que brotem cá fora todos os sorrisos e,
No fim da tarde, se aconcheguem todos os abraços
Eu aspiro o crepúsculo enevoado e regresso
Célere para saudar o futuro de
Uma nova madrugada
E sob os lençóis gastos mas limpos
Recolher-me da luz
E perder-me em subconsciências indefinidas.
08-09-05 M.S.
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