Tuesday, October 11, 2005
Ao passar do trem...
Bilhete de comboio
Fica ali mesmo
Por detrás daquelas árvores
Lá longe, lá ao fundo
Onde nasce o horizonte
Aí reside a essência de uma jornada feliz
De um mar de verde denso, sussurando
Nos seus aromas resinosos
é na palma da minha mão que
Guardo ciosamente calor
Nos meus olhos que transbordo
A luminosidade e os contrastes
E ressonando as vozes familiares
E por descobrir.
Fica além, nesse ponto, no infinito
Nesses semblantes compenetrados ou irrequietos
No cheiro metálico da linha férrea e do óleo diesel
No cheiro
Metálico
Da linha férrea e do óleo diesel.
Fica no vagar ronronando da carruagem
E eu despeço-me
Cordialmente para um dia voltar
E à passagem
Acenar a essa estação.
M.S.
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1 comment:
Fico sempre com a impressão que o cheiro é mais misterioso nas nossas estações....lá na terrinha!
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