amam-se as mãos
amam-se as mãos
à revelia de qualquer olhar inusitado
enleiam-se violenta e lentamente
como o sargaço afogando
um náufrago
em mar de suor e vontade
amam-se as mãos de unhas em riste
nas costas das mãos e
doces viagens entre polpas de uns dedos
e outros
amam-se as mãos e esses polegares
tornam-se ídolos
uma marca peculiar
de uma animalidade diferente
roubam-se polegares
à força com indicadores
e dedos médios
amam-se as mão
e explode a volúpia
espalhando-se por cada veia
de uns braços
para o cérebro
para o peito
para o sexo
amam-se as mãos
e a madrugada anuncia-se
iminente
08-08-05 M.S.
Monday, August 08, 2005
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